Duna: Parte Dois – Cuidado, muito cuidado!! || Resenha
Com o verme do deserto!
Lá estava a humanidade, um futuro distante, mas também muito próximo, meados do ano 10 mil cento e alguma coisa em um planeta que poderia ser a Terra, Marte ou qualquer outro neste vasto universo. Duna: Parte Dois, o segundo filme desta obra de arte, mantém a coloração do primeiro e faz transições tão sutis como o desabrochar de uma orquídea. O tom amarelado do deserto, das peles queimadas de sol e dos maquinários equilibraram muito bem a paleta do filme e a forma como os olhos azuis do povo do deserto foi colocado deu um toque especial.
(Esse filme para mim é um espetáculo do áudio visual, digno de Oscar)
Minhas impressões
Com um ambiente mais seco que Mad Max, mais apocalíptico que os Vingadores Ultimato, mais romântico que Homem Aranha por Tom Holland, e por este romance, a atriz Zendaya atuou tão perfeitamente nos dois filmes que ela deixou de ser, no imaginário do público (pelo menos no meu), a namoradinha de Peter Parker para ser nada menos que ela, ZENDAYA MAREE STOERMER COLEMAN. Uma atriz que conquistou um respeitado lugar no imaginário coletivo e não fez isso sozinha. Quando assisto uma obra cinematográfica, ainda mais pelo Hospício Nerd, é possível dimensionar a qualidade do filme pelos nomes envolvidos e aqui tivemos os gigantes Christopher Walken, Rebecca Ferguson, Stellan Skarsgård, Dave Bautista, Josh Brolin, Javier Bardem, Stephen Henderson entre outros nomes, maaaaaaaas quando se tem essas peças numa capa ou no filme, provoca-nos nada menos que uma leve taquicardia hahahahaha.
Esse segundo filme foi ousado, cinema na qualidade IMAX, som baixo nos diálogos e estridente nas cenas de ação, assim como o primeiro, também foi muito bem aplicado a trilha sonora como indiquei. A decupagem foi muito bem executada, a cenografia impecável e este segundo quase me infarta (viu, produção? Hehehe). A Jornada do herói chega em seu ápice, de um príncipe sobrevivente a um golpe de estado, temos o Paul Atreides assumindo o lugar de liderança, embora atormentando por suas visões. Desconectado, o cerco se fecha após uma experiência dentro do deserto que o conduz a sua ascensão.
Neste segundo filme, a presença dos vermes gigantes foi mais expressiva e significativa para o enredo da história, achei muito fofo como que o menino foi se tornando homem, de um adolescente cheio de dúvidas, medos e incertezas passando por um romance, o desejo de vingança, instinto de proteção, se posicionando e atingindo o ápice de seu poder tanto físico como sobrenatural. (Pausa para o momento Doctor Strange) A melhor escolha define o rumo da guerra, ou temida guerra santa, como acreditaram em profecias antigas e visões atormentadoras.
Em resumo…
Por fim, ainda sim fiquei com umas dúvidas que só poderão ser sanadas no terceiro ou quarto filme da franquia, dependendo do diretor e roteirista. Se a mãe de Paul manipulou toda a situação por vingança e interesse próprio, a anatomia dos vermes, tipo como funciona o sistema digestivo daquelas criaturas que literalmente engolem tudo, máquinas enormes, pessoas em seus terrenos e mais ainda e absurda quantidade de areia…
Concluindo minha resenha, acredito que se deste filme não sair Oscar eu vou atormentar a academia de cinema americana por tal descaso hehehe.
Minha nota é 10!
Resenha por @henriquepheniato