Super/Man: A História de Christopher Reeve – Emoção define! || Resenha

Forte!

Aquele minuto de silêncio enquanto escrevo esta resenha… Busco palavras no fundo do meu coração para expressar o que senti ao assistir a esse documentário. Digito emocionado, refletindo sobre os momentos da minha vida em que a sensibilidade deste filme despertou empatia em mim. A imersão foi profunda, como em qualquer bom documentário. A história intercala passado, presente e futuro, mas quem conhece bem o enredo não encontrará grandes novidades. O documentário apresenta fatos já ocorridos, mas quando filhos, filhas e esposas começam a falar, a narrativa ganha nova dimensão. O cinema tem essa capacidade de nos fazer sentir como se estivéssemos lá, atravessando as camadas da realidade para proporcionar uma reflexão mais intensa.

Um herói em todas as suas formas

O documentário começa de forma interessante, abordando os primeiros filmes e a história do jovem Chris. A narrativa alterna entre depoimentos dos filhos, que falam sobre como ele era como pai e marido. O material é antigo e a qualidade da imagem deixa a desejar, com resoluções de 100 pixels que ficam desfocadas na tela grande. Isso, no entanto, não prejudica a experiência. Embora seja difícil ver os detalhes, a essência da narrativa permanece. A imagem de um corpo nu petrificado, uma animação computadorizada, surge de forma impactante. A figura lembra o Superman, mas sem capa ou o ‘S’ no peito, apenas um corpo petrificado flutuando no espaço. Essa imagem poderosa me fez refletir sobre a passagem do tempo e nossa breve existência na Terra. Comparado ao tempo no universo, nossa vida é um piscar de olhos.

Super/Man: A História de Christopher Reeve || Hospício Nerd
Warner

A narrativa segue mostrando os desafios enfrentados por Chris e como o acidente que mudou sua vida foi inesperado. Nos esportes, acidentes são comuns, mas imprevisíveis. Não há como prever quando ou como acontecerão. Quando ocorrem, cabe a nós aprender com a experiência. Alguns interpretam esses eventos como intervenção divina, enquanto outros acreditam no acaso. Chris, que viveu extremos como ator, pai e profissional, viu-se totalmente dependente de uma cadeira de rodas. O contraste brutal entre o Superman que voava e o homem que agora dependia de tudo é intenso. O documentário mostra como sua família, especialmente sua esposa, foi sua força, não com pena, mas com amor, ajudando-o a continuar resistindo.

Reflexões profundas sobre a vida e a força interior

Em um dos momentos mais impactantes do filme, Chris revela que, em determinado ponto, pensou em desistir da vida. No entanto, a força e o amor de sua família, principalmente de sua esposa, deram-lhe o impulso para seguir em frente, ajudando milhares de pessoas ao redor do mundo. Muitos filmes parecem mais comerciais disfarçados, promovendo produtos de maneira sutil. Já vi filmes que pareciam propagandas de carros, vinícolas ou outras empresas, mas esse documentário foi como água gelada em estômago vazio. Ele me pegou de surpresa, mostrando a importância de olhar para o outro em várias camadas.

Um dos momentos mais memoráveis é quando Chris faz um discurso em uma conferência política, dizendo que as pessoas com deficiência não deveriam ter que se virar sozinhas. Esse momento foi fantástico, mostrando como dignidade, o direito de ir e vir, e a independência são fundamentais para todos. A incapacidade é cruel, especialmente quando desejamos fazer algo e não temos as condições necessárias. Neste ponto da minha escrita, faço mais um minuto de silêncio, em luto por esse grande guerreiro que lutou tanto pelos outros e por sua esposa, que também foi surpreendida pelas reviravoltas da vida.

O poder do amor e da superação

Este documentário me fez chorar e refletir profundamente. Ele nos leva a pensar de onde tiramos força diante das adversidades, principalmente quando precisamos ser fortes por outras pessoas. É difícil não ser julgado por nossas emoções, mas o que sentimos é real. Em certo momento, chorei no cinema, desejando um abraço – algo que remete à nossa criança interior, que busca consolo. Naquele momento, cercado de estranhos, eu só queria um abraço. Para quem tem fé, é possível encontrar força em algo maior. Para outros, a força pode vir de outro lugar, mas o importante é encontrá-la.

Ainda estou digerindo o que presenciei naquela sala de cinema. Fico triste ao pensar em quantas pessoas no mundo enfrentam dificuldades semelhantes – deficiências, limitações e dores. Como dizia Chapolin Colorado: “E agora, quem poderá me defender?”. O que mais me chamou a atenção foi a reflexão sobre quem está disponível para ajudar. Este é um filme que recomendo sem hesitação. De 0 a 10, minha nota é 10! É o meu primeiro 10 do ano! KKKKKK

Resenha por @henriquepheniato

Fala visitante do Hospício! deixe seu recado aê!