Gladiador 2 – É tão bom assim? || Resenha
Bora lá…
Há 24 anos, estreava Gladiador, onde Joaquin Phoenix, hoje o Coringa, teve seu primeiro grande destaque. Ele se saiu muito bem na época. Apesar das limitações tecnológicas dos anos 2000, o longa conquistou uma legião de fãs, que aguardava ansiosamente por uma continuação.
O diretor Ridley Scott, hoje com 84 anos, é um exemplo a seguir. Com 51 dias de gravação, ele entrega uma obra-prima sobre a Roma antiga. O filme nos transporta para o caos das lutas de gladiadores no Coliseu. Tive a oportunidade de visitar o local e posso afirmar que o retrato é próximo da realidade.
As batalhas sangrentas aconteciam ali mesmo, séculos atrás. Claro que o filme precisou de efeitos especiais, que foram tão bem feitos que passam despercebidos. Em vez de repetir a mesma história do primeiro filme, Scott distribui as virtudes e dilemas de Máximus entre dois novos personagens: Lucius (Paul Mescal) e Acacius (Pedro Pascal).
Lucius, influenciado pela severidade do Império Romano, carrega o ressentimento de ter sido abandonado por Lucilla na infância, tornando-se um homem amargurado. Com 2 horas e 30 minutos de duração, o filme oferece ação e cenas sangrentas, satisfazendo os fãs do gênero. A obra é imersiva e envolvente.
Pedro Pascal se destaca pelo carisma e atuação brilhante. Os novos imperadores, Joseph Quinn e Fred Hechinger, trazem leveza e humor em meio à tensão. O universo criado é vibrante e exagerado, dando vida a uma sociedade em ebulição. No entanto, o roteiro de Gladiador 2 falha em alguns pontos.
A relação entre Lucius e Lucilla é fraca, e os diálogos não justificam o drama que leva Lucius a lutar no Coliseu. Ainda assim, Gladiador 2 é um ótimo filme, que, apesar de alguns defeitos, conquista pela grandiosidade da produção.