Capitão América – Alado? || Resenha COM SPOILER!
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O coisa difícil é ver um trailer e torcer para que o filme seja tão bom quanto o que foi anunciado!
Esse foi o caso de Capitão América, na minha opinião, e eu saí do cinema muito feliz e satisfeito com o que assisti. Que filme gostoso! Estamos falando de protagonismo preto, com o Gavião Negro recebendo o escudo e tendo a chancela para ser o novo Capitão América. Mas, depois da caçada aos Vingadores, bate aquela dúvida: e aí, será que acabou? Vai rolar ou não vai rolar? Como esta resenha é com spoiler, vou tentar ser o mais moderado possível para não entregar tudo de bandeja para vocês, hospicianos.
O filme já começa acelerado, com aquela ação de “vamos recuperar uma mercadoria roubada entre governos”, deixando a gente na curiosidade: que raios tá acontecendo? E lá vem o Capitão América alado, voando com uma armadura totalmente renovada, fazendo umas manobras cabulosas e mantendo aquele princípio de sempre: proteger vidas acima de tudo. E, como todo Batman tem seu Robin, ele também tem um discípulo, um Gavião Negro mirim (que de mirim não tem nada, já que é um jovem adulto).
Os dois seguem juntos para recuperar o artefato roubado, que dá um rumo pré-histórico à treta, porque, nada mais, nada menos, estamos falando de vibranium! Ops… adamantium! Pera, agora fiquei confuso… Um vem de Wakanda, o outro corre nos ossos do Wolverine. Mas, enfim, o importante é que o artefato puro tem potencial para revolucionar tanto a tecnologia quanto a medicina, então a disputa pelo controle dele vira quase uma corrida espacial moderna. E, claro, como tudo que envolve superpoder e arma de destruição em massa, tem gente grande e perigosa no meio da jogada.
E segura essa: o vilão por trás dessa trama toda é ninguém menos que aquele general que passou a vida perseguindo o Hulk. O cara simplesmente larga o exército e se candidata a presidente dos Estados Unidos. Imagina o tamanho da treta! O filme tem um enredo bem inspirado nos quadrinhos, mas, como sempre, o “absoluto cinema” pode enriquecer ou empobrecer a obra. E, olha… foi bem feito! A qualidade IMAX do filme, no entanto, deixou a desejar.

Algumas cenas pareciam filmadas com um celular de 2008, com resolução baixa, contraste ruim e muito desfoque. Fiquei meio indignado, porque, com toda a estrutura da Marvel, dava para usar as câmeras que os coreanos usaram em Parasita, por exemplo. Mas beleza, seguimos. A ideia do filme parece ser intercalar o antigo com o novo, tanto na estética quanto na história. Eles resgatam cenas do Hulk clássico, daquele soldado que tomou uma dose errada e virou um monstro. Talvez essa escolha visual tenha sido intencional, mas confesso que me incomodou em vários momentos.
Depois da metade do filme, a conspiração vai se desenrolando.
Você pensa que o presidente tá bolando um plano para acabar com os Vingadores, mas, na real, ele só quer se redimir. O verdadeiro vilão? Um cara superinteligente e com uma sede de vingança absurda. Ele ficou anos preso, bolando um plano quase perfeito para derrubar o presidente e matar o Capitão América – que, na visão dele, seria só um dano colateral. Mas adivinha? Não conseguiu. Porque, no fim, o que define um Capitão América não é o soro de supersoldado, mas o espírito humano, o senso de justiça, a capacidade de unir as pessoas. E, quando você vê o trailer e vê a mão vermelha do Hulk esmurrando o escudo do Capitão América, pensa: “Eita, vai ser uma porrada cabulosa!” Mas não, esse soco especificamente não acontece. O que rola é uma luta bem interessante, CGI de qualidade, com explosões, golpes frenéticos e um embate onde você não sabe pra quem torcer. Você torce pro Hulk Vermelho? Pro Capitão América alado? E, quando tudo parece que vai dar ruim pro nosso “chocolate voador”, vem a reviravolta.
Ele não vence pela força, mas pela palavra. Sim, porque, além do escudo e das habilidades de voo, ele tem o poder da empatia e do discurso de herói. O filme trabalha bem essa questão do que realmente significa ser um herói, e isso fica ainda mais evidente na cena de redenção do ex-general/presidente, que passa anos caçando o Hulk e, no fim, tenta se reconciliar com a filha. Essa parte foi bem construída e trouxe um momento emocional que deu peso para a história. Outro ponto interessante foi a aparição do Bucky, o Soldado Invernal, mas, dessa vez, num papel mais diplomático e político. Será que ele ainda tem espaço entre os Vingadores? Ou vai seguir por outro caminho?
E aí vem a cena pós-créditos… e, meus amigos, vem coisa por aí! Só que fica a pergunta: quem vai bancar os Vingadores agora? Porque, né… Tony Stark era o riquinho do rolê. Sem ele, quem vai pagar a conta? O filme deixa essa dúvida no ar e nos faz imaginar todas as possibilidades para o futuro da equipe. Será que algum novo bilionário misterioso vai surgir? Ou o governo vai bancar a brincadeira? Essas questões ficam em aberto, mas uma coisa é certa: o universo Marvel ainda tem muita história para contar. A Marvel fez um bom trabalho em manter a essência do legado do Capitão América, ao mesmo tempo em que renova os personagens e abre espaço para novos conflitos. No geral, o saldo foi positivo! Minha nota? 9/10. E que venham mais porradas e conspirações no próximo!