Karatê Kid: Lendas – Kung Fu Kid! || Resenha

De novo?
Fala, meus hospicianos do coração! A cabine de hoje foi de Karatê Kid: Lendas, e quando falamos de lendas, a gente fala de quem? Do icônico, maravilhoso Jackie Chan, que aparece nesta obra ao lado do eterno Daniel San. Quando vi o trailer, fiquei curioso: “vem bomba ou vem pedrada boa?” — e olha, o filme ficou ali no meio-termo indo pra bom, sabe? Não é o melhor do ano, mas também não é ruim. Tem cenas pós-créditos bem interessantes (sim, fica até o fim!), e algumas participações que surpreendem. Inclusive, quem curte a série Cobra Kai vai pescar várias referências, porque sim, ela tá dentro da cronologia! Mas importante dizer: o filme não segue exatamente a linha da escola Cobra Kai de mostrar jovens periféricos lidando com dilemas internos e existenciais. Ele tem outro foco.

A produção entrega nostalgia, especialmente pra quem viu os clássicos antigos e cresceu gritando “Daniel Saaaaan!”. Mas aí vem a dúvida: é Karatê Kid ou é Kung Fu Kid? Porque, meu povo, esse negócio tá virando um samba do lutador doido. Pra mim, claramente, é Kung Fu Kid — assim como os filmes de 2010 pra cá. O próprio Jackie Chan ensinou kung fu naquele reboot, então bora colocar o nome certo na estante. E esse novo longa segue nessa mesma pegada. Mas fizeram algo curioso aqui: o moleque aprende karatê com jeitinho de kung fu. É tipo um sotaque na arte marcial! O filme traz uma visão bonita, quase poética, de que todas as artes vêm de uma mesma raiz, de uma mesma árvore da vida. Não importa o estilo ou a escola — tudo pulsa do mesmo coração. Lindo, né?
Agora, se você tá esperando lutas épicas e reviravoltas de fazer o cinema aplaudir de pé… calma lá. O enredo é legalzinho, mas simples. Tem romance juvenil (aquele crush inocente), mas faltou aquele “vacilou” típico dos jovens que metem os pés pelas mãos e agitam o roteiro. Cobra Kai trabalha isso melhor. Nesse filme aqui, o caos adolescente foi mais contido. A edição também ficou beeem juvenil, com aqueles efeitos estilo desenho animado, tipo “Round 1, 2, 3…” — bem cartunesco mesmo. Faltou pancadaria raiz. Ainda assim, algumas cenas de luta agradam, principalmente quando a “velha guarda” entra em ação.
E aí, meu povo, entra o momento fan service do jeitinho que a gente gosta. Ver o Jackie Chan e o Daniel San (me recuso a chamar de LaRusso, me respeita) juntos defendendo o pupilo em apuros é aquilo: clichê, mas gostoso demais. O filme entrega o que promete, sem inventar demais, sem querer ser mais do que é. Não é filme pra Oscar, mas é filme pra fã — e pra mim, isso basta. Ele traz essa mensagem linda: não existe arte marcial melhor, nem pior, nem maior. Tudo é luta. Tudo é vida. Tudo é igual. E isso, tropa, foi o que mais me encantou. Adorei!