A Lenda De Ochi – Perigosamente Fofo || Resenha COM SPOILER!

Fofura mata e eu tenho essa resenha para te comprovar sobre isso.
Quando eu falo que fofura mata, é uma via de duas ruas paralelas: de um lado, a fofura do ser humano em acreditar numa história sobre criaturas viventes no nosso planeta; do outro, essas mesmas criaturas coexistindo na nossa realidade e natureza, que age sempre com um instinto de sobrevivência coletivo. Ou seja, é bonito… mas é cilada.
Minha opinião sobre este filme com pitadas de distopia russa e um toque de Dom Quixote armado até os dentes kkkk
A trama começa naquela pegada documentário do National Geographic narrado pelo Tarantino: criaturas lindas, neve até no sovaco e uma sensação constante de que alguma coisa vai dar errado.
A ambientação é fria e os tais bichinhos — conhecidos como Ochi’s — são o centro da treta: fofos demais pra não amar, perigosos demais pra não temer.
Distópico que fala?
É aí entra o vovô Dom Quixote 2.0, um senhor paramentado até a alma, que basicamente forma uma gangue de caça mirim com crianças armadas como se fossem jogar Call of Duty versão kids. É verdade este bilhete…
Poisé! criança com armamento pesado? caça autorizada pelos pais (?), zero governo no radar e a ciência… Ou seja sumiu, só Deus sabe onde… No entanto, o caos encontra ternura quando uma das meninas resolve não apertar o gatilho, Nesse momento rolou aquele clássico dilema: “mato o bichinho fofo ou crio um laço emocional que provavelmente vai me render uma infecção e uma odisseia no gelo?”.
Adivinha? Ela escolhe uma rota diferente, leva o filhote pra devolver à natureza, encara nevasca, tenta se virar com curativos caseiros e, como se não bastasse, descobre que os tais Ochi’s têm veneno que não sai com Vick Vaporub Kkkk
PARIS FILMES
No meio disso tudo, surge uma personagem mística/científica que traz explicações quase mitológicas sobre esses seres, a partir daí o filme flerta com o místico, o mitológico e o emocional, tudo num caldeirão de CGI e dor existencial.
E o clímax?
Uma bagunça emocional onde pai, filha, bichos e metralhadoras se encontram pra um showdown que mais parece reunião de condomínio no fim do mundo.
Indo lá pros finalmente, rola um momento “magia da conexão ancestral”, muito bonito, muito simbólico… Porem faltou explicação, faltou lógica, faltou governo, faltou IBAMA, faltou senso.
Veredito? Cara, não é um filme ruim… é só um filme que não entendeu se queria ser fábula ambiental, distopia juvenil ou episódio perdido de Planeta Terra com armas. Em outras palavras, bonitos? um pouco. Profundo? Tenta. Inesquecível? Talvez pelo susto de ver menor de idade com arma na mão.
Dou 2,5 estrelinhas e um abraço gelado nos Ochi’s. Fofura realmente mata… de confusão.