{Resenha} Nunca Raramente As Vezes Sempre – Polêmico, desconfortável…
Mas necessário!
RESENHA SEM SPOILERS
Nunca Raramente As Vezes Sempre vem como um soco na boca do estômago, trazendo drama, mas também mostrando um companheirismo infalível.
Marcando a estreia da atriz Sidney Flanigan no papel de Autumm, o longa traz a história de uma jovem do ensino médio que mora em uma pequena cidade no interior da Pensilvânia que descobre que está grávida e decide que quer realizar um aborto. Ao encontrar complicações para fazer o procedimento na sua própria cidade, Sidney decide ir escondida para Nova York juntamente com sua prima Skylar (Talia Ryder) para tentar o aborto lá. Chegando na cidade grande, elas se deparam com muitas complicações: ambas estão em uma cidade totalmente desconhecida, dinheiro limitado.
Eliza Hittman, que dirigiu e escreveu o roteiro, mostra ao longo do filme nuances de uma amizade entre primas mesmo que as vezes sejam ditas poucas palavras. Ela demonstra também algum traço de inocência e um silencioso pedido de ajuda que, na minha humilde opinião, pode ser ouvido por muitas outras vozes também na vida real! A diretora consegue também fugir do clichê e mostra aspectos de uma Nova York não romantizada, deixando um ambiente de insegurança em cenas que não mostram nada muito além de as duas atrizes em primeiro plano. Podemos resumir falando que o conjunto da obra é bom apesar de ser bem simples. O título se justifica durante um diálogo tocante entre a protagonista e uma funcionária de uma clínica na qual elas se encontram.
A temática abordada é muito polêmica, mas é necessária. É importante conscientizar que casos como o contado no filme são recorrentes, que a família deve estar presente e dar apoio, que discussões devem haver para quebrar-se o tabu!
Nunca Raramente As Vezes Sempre está disponível em alguns serviços de streaming on demand como Apple TV, Now, dentre outros.
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