Rumores sobre o novo filme da saga “Pânico”
Uia!
Intitulado apenas como “Pânico”, seguindo a tendência da reinvenção de “Halloween” de 2018, o novo filme da saga estreia em Janeiro de 2022, pela Paramount Pictures.
Comum em produções hollywoodianas, após as gravações de um filme, os realizadores (incluindo Diretor e Produtores) realizam uma exibição para os executivos do Estúdio (que financiaram o projeto) e alguns poucos selecionados – ou diria, sortudos. Aqui, no caso, temos a dupla de diretores que assumiram o legado deixado por Wes Craven (A Hora do Pesadelo), Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett (do elogiado “Casamento Sangrento”) e a Paramount Pictures, que assume a realização no lugar da extinta Dimension FIlms, dos irmãos Weinstein (após os escândalos sexuais em Hollywood).
As atrizes Neve Campbell e Courtney Cox, ao lado do produtor Kevin Williamson, repetindo a parceria original de “Pânico”, de 1996. Imagem: Reprodução.
A exibição contou com 25 pessoas presentes, ligadas ao Estúdio, Produtora e Equipe. Cabe dizer que não se trata de uma exibição teste de público, então o autor do vazamento das informações é alguém que está ligado aos realizadores, de alguma forma. Foi o bastante para acender a fogueira dos veículos ligados ao seguimento e não se falou sobre outra coisa essa semana. Mas vamos aos detalhes:
- O que foi exibido na sessão teste é um corte bruto. Muito comum nas produções, ele é exibido aos Executivos do estúdio para que tenham uma ideia prévia do que o Diretor, ou Diretores, no caso, estão fazendo. A duração deste corte é de 2 horas e 30 minutos. Comumente, cortes brutos sofrem retaliações até chegarem ao produto final mais enxuto. Mas se nenhuma mudança brusca for feita aqui, esse será o maior filme da franquia, desde “Pânico 2” e seus 120 minutos.
- O que foi dito: “O filme é muito fu***** bom” (utilizando um famoso palavrão em inglês para intensificar a aprovação). Ainda há muito trabalho a ser feito, o que inclui mais edição; trilha-sonora; efeitos sonoros; efeitos visuais e especiais (quando necessários – por exemplo, “Pânico 4” incluiu uma série de efeitos visuais, como a lâmina da faca utilizada por Ghostface e até o sangue das vítimas); incluindo a colorização das cenas. Ou seja, tudo ainda será melhorado. O Estúdio fez poucas observações para futuras alterações ou melhorias e, a melhor notícia no caso é que NÃO HAVERÁ REFILMAGENS. É comum filmes passarem por um período de refilmagens após exibições testes. A ausência das mesmas aponta que os Diretores estão no caminho certo. Vale lembrar que, apenas o original “Pânico”, de 1996, não passou por refilmagens. “Pânico 3” e “Pânico 4” tiveram tantas intervenções do Estúdio nos períodos de pré, produção e pós-produção, que as ideias originais dos filmes foram completamente alteradas, principalmente por Harvey Weinstein.
Neve Campbell como a heroína Sidney Prescott, em “Pânico 4”, de 2011. Imagem: Divulgação.
- Os personagens são fortes, o que mostra uma construção bem elaborada de cada um deles. Algumas mortes são descritas como “fantásticas”. Duas sequências de perseguição são “extremamente enervantes”. Uma, em particular, é descrita como um termo de “isca e troca”, o que provavelmente significa Ghostface tentando capturar sua vítima de forma surpreendente e tensa. Essa sequência arrancou suspiros enervantes e audíveis da audiência presente na sessão.
- Ghostface é ameaçador, furtivo, mas muito ousado. O elemento “whodunnit” (quem é o assassino?) é executado a perfeição e o motivo do assassino é ótimo. A metalinguagem (o filme dentro do filme, e as regras do gênero, que foi o principal elemento da franquia que fez dela um sucesso, principalmente seu original) é bem única e muito divertida. Existem bons comentários sobre papéis de gênero – o que me faz pensar em como esse filme se insere na cultura pop atual. O filme merece o legado de Wes Craven (um dos motivos que os diretores alegaram a atriz Neve Campbell, para convence-la a retornar a franquia). Os Diretores tem um propósito, mas também um espectro mundial grande que abre espaço para novas sequências. Aqui, ressalto que isso pode significar um reinício para a franquia, já apontada desde que intitularam o filme apenas como “Pânico”. Será que teremos mortes de personagens consagrados da saga?
Courtney Cox, flagrada nos bastidores do novo “Pânico”. Destaque para o figurino muito similar ao usado por sua personagem, em uma das cenas do primeiro filme. Imagem: Reprodução.
- O autor ainda diz: “Isso provavelmente soará estúpido, mas me senti da mesma forma de quando assisti a ‘Parasita’. O filme atendeu as minhas expectativas para depois subvertê-las completamente.” Isso aponta para uma tendência a um roteiro com reviravoltas inesperadas, algo prometido com “Pânico 4” mas que nunca chegou a acontecer, pelas intervenções do Estúdio (algo que adianto, irei explorar em uma de minhas próximas Colunas).
- Esse filme tem um potencial grande de reinventar o gênero Slasher film, assim como o original o fez em 1996. É inovador e as pessoas comentarão sobre ele, por um bom tempo.
- E para encerrar (com spoilers) É dito que em determinado momento, um determinado personagem diz: “When are you f***** going to learn? This is my story. I make the f****** rules!” (Quando vocês f****** irão aprender? Essa é a minha história. Eu faço as f***** regras!”)
Agora é esperar pra ver o que se confirma e o que se desmente. O novo “Pânico” estreia, no Brasil, dia 13 de Janeiro de 2022. Alguém aí está ansioso?
Por Guilherme Sander