O Senhor dos Anéis – Diferenças entre Livro e Filme: A Sociedade do Anel

“O mundo mudou, posso senti-lo na água, posso senti-lo na terra, posso senti-lo no ar…”

Nas últimas semanas falamos muito sobre o sucesso que a franquia dos filmes de O Senhor dos Anéis e conhecemos um pouco do árdua caminho que foram enfrentados durante a adaptação.

Hoje, começo uma série onde irei listar algumas diferenças entre a obra original e o resultado apresentado no audiovisual. A série, que será composta de três matérias (uma para cada filme), será apenas informativa, mas contará com pitadas da minha opinião, sintam-se a vontade de comentar o que acharam também!

Pois bem, vamos iniciar a nossa lista com as Diferenças entre a o livro e a adaptação: A Sociedade do Anel.

A fala que aparece na introdução do filme com palavras proferidas por Galadriel, na verdade, no livro, são proferidas por Barbárvore e isso acontece no fim do terceiro livro. Em relação ao texto proferido, ele não foi totalmente retirado do original, existe aí alguns toques do diretor Peter Jackson na adaptação. Ele contém palavras do discurso do Ent, mas também contém trechos do roteiro. E diga-se de passagem, ficou excelente!

No livro, Bilbo Bolseiro, quando deixa o Condado, é acompanhado de três anões que o ajudam a carregar suas coisas. Porém, no filme ele parte sozinho para Valfenda.

Os Hobbits que deixam o Condado e partem para Bree, no filme, são um total de quatro: Frodo Bolseiro, Samwise Gamgee, Peregrin Took e Merry Brandybuck. O que poucos sabem é que existia um quinto hobbit chamado Fredegar Bolger, que integraria o grupo, mas a equipe de adaptação decidiu por não integrá-lo à jornada. Uma curiosidade é que todos os cinco hobbits são descendentes da família Took, cada um com um grau de parentesco, o que torna eles mais próximos.

Outra diferença importante é que o trajeto que o grupo de hobbits faz do Condado até Bree, para encontrarem o Pônei Saltitante, tem uma duração bem maior do que a mostrada no filme. Nesse caminho eles encontram Tom Bombadill, que mora na Floresta Antiga, quando acontece uma série de coisas interessantes que não cabe citar aqui. Além desse personagem, outro encontro importante que houve foi com as Criaturas Tumulares de quem os pequeninos conseguem espadas forjadas com a sabedoria de Númenor, sendo utilizadas mais para frente por eles mesmos em momentos cruciais da história. Na obra cinematográfica, essas lâminas são adquiridas de outra forma.

Durante a fuga para Valfenda, após serem atacados pelos Nazgul, Arwen cavalga em direção a eles para ajudar a escapar de seus perseguidores. Diferentemente, no livro, quem aparece para salvá-los é um elfo muito poderoso chamado Glorfindel, ele possui um passado bem descrito no Silmarillion. Além disso, a enchente provocada no Rio Bruinen não foi conjurada por nenhum dos dois elfos, tampouco foi conjurada por apenas uma pessoa. Ela foi evocada com a combinação dos poderes de Elrond e Gandalf, o encantamento é muito poderoso para apenas uma pessoa fazê-lo. Ainda em no reduto élfico, a estadia do grupo na cidade durou em torno de dois meses, distintamente do que foi mostrado nas telonas.

No filme, Boromir observa os pedaços da espada de Elendil, utilizada por Isildur para arrancar o Um Anel e derrotar Sauron, porém isso não existe segundo o narrado no livro. Segundo ao escrito no original, Aragorn já possuía o fragmento da espada Narsil e utiliza ela quebrada mesmo. Ademais, quando a Sociedade do Anel parte de Valfenda para Mordor, o verdadeiro herdeiro de Isildur já carrega consigo a já reforjada Andúril.

Conforme citado anteriormente nesta lista, no filme os hobbits não encontraram com as criaturas tumulares e, consequentemente, não adquiriram as espadas. Com isso, foi necessária uma adaptação no roteiro por Peter Jackson, já que essas armas seriam importantes mais pra frente para a história. Em Lothlorien, Galadriel presenteia os membros da Sociedade do Anel com presentes valiosos, dentre eles Merry e Pippin recebem um punhal cada um, substituindo o item apresentado originalmente, mas de com a mesma importância no desenvolver da trama. Sam também recebe um item diferente no filme, uma corda élfica ao invés de uma caixa que contém terra do pomar da própria Senhora de Lórien e contém sua benção. Essa terra é utilizada posteriormente para a reconstrução do Condado.

Para finalizar, Peter Jackson magistralmente antecipa a morte de Boromir que deveria acontecer no início do segundo livro As Duas Torres. Para deixar um excelente cliffhanger, reposiciona a morte deste personagem ao final da primeira parte da aventura, de forma épica, fazendo com que o grupo se aproximasse ainda mais.

Essa foi mais uma matéria da coluna semanal de O Senhor dos Anéis! Gostou do conteúdo? Não percam as sequências, nas quais irei falar sobre as diferenças nos outros dois filmes da trilogia.

Encontre aqui as redes sociais do Hospício Nerd para mais conteúdo como esse!!

E, se quiserem trocar uma ideia sobre esses e outros filmes, me procura no Instagram: Bruno Barbosa.