Horizon Forbidden West || Resenha
Aloy retorna mais forte do que nunca!!!
Em um futuro pós-apocalíptico distante, o mundo é habitado por grupos tribais e dinossauros-robôs, é um conceito interessante. Desenvolvido pela Guerrilla e publicado pela Sony em 18 de fevereiro de 2022 para PlayStation 4 e PlayStation 5, Horizon Forbidden West finalmente nos coloca de volta nesse universo. Será que é melhor que seu antecessor? Será que vale a pena? Vamos descobrir isso em mais uma resenha.
Começando pela história. O game se passa meses após Horizon Zero Dawn. Eu recomendaria jogar o anterior, que possui uma história incrível e serviria para dar uma boa base, mas caso não seja possível, ao início temos um pequeno resumo para relembrar os principais acontecimentos. Aqui novamente acompanhamos nossa protagonista Aloy em um mundo pós-apocalíptico, onde a humanidade voltou a um estado tribal e temos dinossauros máquinas habitando o mundo. Aloy não pode descansar, o mundo começou a ser assolado por mais uma praga, uma espécie de planta vermelha que se espalha pelo planeta e corrói e mata lentamente tudo que toca, ela então descobre uma pista indicando que a possível causa e solução do problema se encontra no oeste proibido, levando-a em uma jornada pra esse local em busca da tal solução. Quaisquer detalhes além disso seriam spoiler, mas preciso ressaltar que novamente temos uma história de ficção científica das melhores que já vi nos últimos anos. O enredo consegue te prender e surpreender até os últimos momentos, com histórias e personagens muito bem escritos e com um background incrível.
(Via: USgamer)
Falando agora sobre a gameplay, aqui onde encontramos a maioria das novidades com relação ao game anterior. Novamente estamos em um mundo aberto com muito a fazer, em uma visão em terceira pessoa e um combate corpo a corpo ou a longo alcance. O foco principal é no combate de longo alcance, sendo o arco a arma primária, mas temos uma variedade grande de armas com diferentes munições, algumas elementais, e novidades com relação ao antecessor, como por exemplo um lança dardos, que funcionam como minifuradeiras e vão perfurando a armadura inimiga. O combate corpo a corpo também teve algumas adições de combos, tendo uma melhora significativa.
Os inimigos podem ser humanos ou máquinas. O destaque fica para as máquinas, que possuem visuais incríveis e formas diferentes de se combater. Cada máquina possui componentes e pontos fracos diferentes e fica a cargo do jogador analisar isso e focar no que interessa, se utilizando de elementos ou eliminando tais componentes aos poucos, para enfraquecer estes adversários. Vale ressaltar que essas partes que retiramos dos robôs são importantíssimas como materiais para melhorias de armas ou trajes. Diria que o combate é um dos pontos altos, é realmente incrível combater gigantes robóticos e ter a opção de diferentes estratégias a adotar.
(Via: meups.com.br)
Uma adição interessante também foram os Impulsos de Bravura, técnicas especiais ativadas para termos algumas vantagens, como dano aumentado ou escudo. Além disso, as armas não só possuem variados tipos de munições, como também técnicas de arma, como lançar uma chuva de flechas por exemplo. A árvore de skills está bem complexa, com muitas habilidades passivas ou ativas para desbloquear, variando bastante a forma de jogar e personalizar de cada um.
As novidades na gameplay não se limitaram somente ao combate, mas também às formas de se movimentar pelo mundo. Uma delas é a adição de um planador para dar aquela suavizada nas quedas. A outra é um gancho para dar impulso até locais mais altos, ou até ser uma forma de escape em batalhas. As montarias permanecem, com algumas novas máquinas montáveis. A exploração no geral está bem interessante, com melhorias no processo de escalada de montanhas e estruturas.
(Via: gamewadai.com)
Tarefas e missões pelo mapa não faltam. É válido elogiar as side quests, que estão bem interessantes, com contexto, e acrescentando detalhes ao mundo, com NPCs muito vivos. A dublagem e excelente localização em português do Brasil nos deixa mais imerso ainda no mundo. Temos ruínas com segredos escondidos que só podem ser obtidos com a resolução de uma espécie de puzzle. Até um jogo de tabuleiro foi incluído, com diversos adversários pelo mundo.
Tecnicamente falando, Horizon Forbidden West é um dos jogos mais bonitos que já vi. Joguei no PlayStation 5, optando pelo modo performance, rodando a full HD a 60fps, com raríssimas variações. Os cenários e detalhes do mundo estão verdadeiramente vivos e incríveis. Até mesmo os NPCs menos importantes estão bem feitos, o que era uma crítica no game anterior. A trilha sonora dispensa comentários e certamente vai figurar entre as melhores do ano.
(Via: nme.com)
Finalizando mais esta resenha. Horizon Forbidden West chega não só como um dos melhores jogos de 2022, como também um dos melhores dos últimos anos, definindo esta franquia como uma das maiores surpresas da era PlayStation 4 e 5. Finalizei a história principal com quase 40h e mesmo assim, apenas 50% de tudo que o jogo tem a oferecer. Com certeza vai te render mais algumas boas horas de contemplação a esse belo universo. Amantes do primeiro game não podem deixar de jogar, pois na minha opinião, este supera seu antecessor, que já era um excelente jogo. Quem curte um mundo aberto e uma boa história de ficção científica deveria se permitir adentrar na franquia, sem arrependimentos. Aloy vai cada vez mais se firmando como uma personagem influente e importantíssima no mundo dos jogos. Aguardem que o terceiro jogo virá.
(Via: YouTube/Uns Caras Que Jogam)