A Pior Pessoa do Mundo – Uma história sobre a vida || Resenha

Será que é mesmo a pior pessoa do mundo?

Olá hospiceiros, estamos na época do Oscar e hoje iremos falar de um dos indicados a melhor filme estrangeiro e melhor roteiro original. Será que vale a pena e merece essas indicações? Se quer saber a resposta, pegue uma pipoca e partiu.

Sinopse:

Julie, que em breve fará 30 anos, não parece conseguir assentar. Quando pensa ter encontrado alguma estabilidade com Aksel, um escritor de sucesso de 45 anos, conhece o jovem e bonito Eivind. Um filme inteligente e emocionante sobre a busca de amor e sentido na vida de hoje, premiado no Festival de Cannes.

A Pior Pessoa do Mundo é dividido em um prólogo, um epílogo e 12 capítulos que seguem Julie em sua busca por si mesma. Ela é jovem, bonita, inteligente e não sabe exatamente o que deseja em uma carreira ou parceiro. Uma noite ela conhece Aksel, um conhecido romancista gráfico, 15 anos mais velho que ela, e eles rapidamente se apaixonam.

Todavia, ela também conhece um barista de café, Eivind, que também está em um relacionamento. Julie tem que decidir, não apenas entre dois homens, mas também quem ela é e quem ela quer ser. Entre idas e vindas, Julie escolhe com quer ficar e mais problemas surgem em sua vida.

Pior seria perder esse filme

O longa aborda um momento específico da vida em que a energia inquieta da imensa possibilidade da juventude se mistura com a sensação melancólica e existencial sobre aceitar a pessoa mais difícil que você pode conhecer: você mesmo – e que mudanças fazem parte de sua vida.

Se você está acostumado a filmes americanos ou britânicos, pode estranhar um pouco o estilo europeu aqui presente, mesmo que alguns detalhes possam lembrar tais estilos.

O filme tem um sotaque próprio de alguém que mora na escandinava, o que agrada e te faz sentir dentro de Oslo. Além de aproveitar muito bem a paisagem do filme, com uma fotografia belíssima que está muito longe de lembrar a paisagem de outros filmes americanos.

Fim de uma trilogia:

Aqui o diretor termina a conhecida como “trilogia Oslo” que se inicia com o filme” Reprise(2006)”, tendo como sequência “Oslo” de 31 de agosto de 2011 e encerrando agora com “A pior pessoa do mundo”. Inclusive recomendo assistirem os filmes anteriores, mesmo que não seja necessário para entender este, mas é bom já ter uma pequena base e conhecer o diretor.

O filme não está na Pior

Esta é uma história sobre a vida, seus capítulos todos tem um propósito, ainda que alguns temas e pequenos momentos acabam ficando jogados, assim como sua resolução. Por exemplo, entre o capitulo 3 e 4 teve uma barriga que acabou me tirando do filme, mas logo ele consegue retornar.

Renate Reinsve e Anders Danielsen Lie conseguem carregar o filme, com destaque para Renate que facilmente poderia concorrer a melhor atriz no Oscar desse ano. Além de que através dos diálogos de um roteiro muito bem escrito conseguem mostrar a simplicidade dessa história e nos fazer nos apegar a esses personagens.

Como saldo final o filme é um dos melhores filmes do ano. Não é um filme perfeito, mas vale muito a pena e ao mesmo tempo não é para todo mundo. Se você não gosta de filmes ´´parados´´, que toda sua base é nos diálogos pode acabar se entediando, mas se gosta desse tipo de filme corra para o cinema que vale muito a pena.

O filme lança dia 24 de março no Brasil.