Moonage Daydream – Controle do solo para Major Tom…. || Resenha

Na escuta??

Subversivo, controverso, misterioso e maluco. David Bowie sempre foi tachado de muitas coisas e MOONAGE DAYDREAM, vem pra mostrar o porque que estavam certos quantos à todos os adjetivos dados ao camaleão do Rock.
O que vou falar à seguir, é minha opinião sobre o filme/documentário sobre um dos artistas mais influentes do século.

Bowie era uma mistura de tudo que ele absorvia do mundo. Nascido como David Robert Jones, em 1947 em Brixton, Inglaterra, sua música sempre tinha uma mudança por conta de suas experiências e o documentário retrata bem isso, quando começa mostrando um alter ego, acho que seja o mais conhecido de Bowie, Ziggy Stardust. Um ser andrógino, que veio do espaço, que chocou à muitos na época em que surgiu, mas também virou ídolo de muitos outros que se identificavam com seus ideais. Ziggy virou uma bandeira quando apareceu nas TVs com sua maquiagem, suas roupas e seus saltos.

A necessidade pela mudança, pela busca de algo e de não se prender à nada, fez Bowie mudar seu estilo tantas vezes, que se perguntavam se ele não se perdia em meio à tantas personalidades e se ele conseguiria manter seu sucesso. Ele se provava à cada álbum e ia meio que na contramão dos artistas contemporâneos. Mas, de alguma forma e com seu talento, sempre dava certo. David Bowie era tão virtuoso e talentoso, que se aventurou em esculturas, pintura atuações, roteiros e em cada disco, que suas obras ainda são cultuadas hoje em dia.

Falando de aspectos mais técnicos do documentário, a direção de arte fez um trabalho sensacional, com todas as imagens coletadas de acervos do artista. A edição foi primorosa e você embarca na história narrada pelo próprio Bowie e entrevistadores, à ponto de se identificar com suas falas e até se emocionar.
Brett Morgen dirigiu, roteirizou e editou de forma impecável e acho que é um dos melhores documentários já feitos.

Em suma, MOONAGE DAYDREAM, é um filme para os amantes do artista David Bowie, para os que gostam de uma boa história e até para quem não goste das músicas do cara, porque você se pega conhecendo mais da pessoa e não do artista e, de certa forma, é cativado pelas suas experiências e experimentos.
Vá ao cinema. Curta um pouco mais desse artista ímpar, que nos deixou em 2016.

Um abraço.
Juggernaut