A Mulher Rei – Um grito ecoa: Agojie, us sum! || Resenha

INHAIMMM TUXOS E TUXAS, PRONTOS PARA UM ÉPICO AFRICANO?

A cabine de imprensa da Sony Pictures, para o filme que estreia em 22 de setembro nos cinemas , A mulher Rei (The King Woman), conta a história da guerreira que comandou um dos exércitos mais fortes na história dos reinados africanos e é baseada em fatos reais!

Coma a visão e direção de Gina Prince-Bythewood o roteiro épico assinado pela própria diretora ao lado de Dana Stevens. tem tudo para ser uma das maiores produções deste ano! Já vou contar tudinho para vocês! Ah é! Só pra te lembrar, atenção hospicianos: Essa resenha NÃO TEM SPOILER!

Agora vem comigo, pegue sua arma e vamos para a batalha! Agojie! Usum!

A mulher Rei (The Woman King)
Sony Pictures

Conheça as Agojie, o exército do Rei Ghezo!

A temida Nanisca (Viola Davis), é a comandante do exército do Reino de Dahomey, um dos reinos mais poderosos da África entre os séculos XVII e XIX. Um período em que o reino era defendido por um grupo militar composto apenas por mulheres guerreiras.

Nawi (Lupita Nyong’o), rejeitada pelo pai e entregue na porta do palácio para o rei, por ser considerada um péssimo partido para qualquer um dos homens da sua tribo. Recebida por Izogie (Lashana Lynch), ela é alistada no exército Agojie do Rei Ghezo (John Boyega).

Para se entender melhor, vai um pouquinho de história africana para vocês. Eram conhecidas como as Amazonas Dahomey, ou Agojie, um grupo criado por conta de sua população masculina enfrentar altas baixas na violência e guerra cada vez mais frequentes com os estados vizinhos da África Ocidental.

Como os Dahomey foram forçados a dar anualmente escravos do sexo masculino, principalmente para os seus inimigos, o Império Oyo que usava isso para a troca de mercadorias no crescente fenômeno do comércio de escravos na África Ocidental durante a época dos descobrimentos.

As Agojie juntas combateram os colonizadores franceses, portugueses e brasileiros, as tribos rivais e todos que tentaram escravizar seu povo. Lideradas por Nanisca, elas terão que lutar para conquistar o posto de Mulher Rei e ainda manter seu reino protegido, evitando sua queda.

Mas por trás dessas guerras, ainda existem questões particulares de cada uma das guerreiras que escondem segredos do seu passado. Mas tudo virá à tona durante as batalhas! 

A mulher rei (The woman king)
Sony Pictures

Uma nova visão da história da África

Para começo de história, além de um elenco praticamente todo preto, o filme tem algo importante para a visão mundial dos povos africanos. Contando a sua história e mostrando os seus costumes do período da monarquia em plena época dos descobrimentos feitos pelos povos americanos e europeus.

O trabalho minucioso da diretora e roteirista Madam Prince-Bythewood, nos mostra o quanto todos os envolvidos nesse projeto tiveram o cuidado de retratar a realidade vivida pelos povos africanos sem ser ofensivo. Uma fidelidade à reconstituição das lendas africanas.

Cenas bem feitas, cortes precisos e enquadramento de primeira são a receita dessa obra prima, o que nos mostra que não se precisa de um show de efeitos especiais para cair no gosto dos espectadores. Basta pegar uma boa história e saber conduzir o elenco e a produção para ser um sucesso.

E mais uma vez foi espetacular ver Viola em mais um papel engrandecedor, aliás podemos dizer que não há nada que essa mulher faça que não se torne um sucesso. O que gerou um fato inédito na história da crítica de cinema, conseguiu cem por centro de aprovação no Rotten Tomatoes! Babado!

Além disso, tenho algo importante a ser mencionado, estamos pela primeira vez tendo contato com a história do povo africano, que nunca foi mostrada. A mulher Rei é um filme que tem um ponto a seu favor, foi feito para resistir ao teste do tempo.

O filme mostra a dor, o sofrimento, os costumes da época, as invasões dos colonizadores da Espanha, Portugal, França e Brasil, a escravidão e as lutas entre tribos, tudo isso num pacote só. Uma história que mostra as raízes de um povo que até hoje é perseguido, criminalizado e vítima de racismo.

Pegue sua espada, respire fundo e vamos começar a correr para o único destino, enfrentar os invasores das terras africanas e defender o reito de Dahomey! Vá ao cinema e confere, depois vem aqui me contar o que você achou! As medidas de segurança estão dentro das normas da OMS! ADOROOOOO!!!!

Maxxy Miles – Resenhista

Instagram: @marmotinhabh 

Fala visitante do Hospício! deixe seu recado aê!