A evolução das protagonistas nos k-dramas | Semana da Mulher
Vamos conversar hoje um pouco sobre a evolução das protagonistas nos k-dramas?
Primeiramente se você acompanha séries asiáticas a alguns anos, principalmente coreanas, já deve ter notado que o estereótipo das protagonistas vem mudando gradualmente. Os k-dramas são marcados pela dramaticidade em suas histórias, mas também pelos estereótipos de seus personagens. Antes estas séries ofereciam aquele clichê que todos conhecemos da mulher pobre, humilde e dependente que conquista o homem rico, poderoso e arrogante.
Nesse sentido, temos muitos títulos com essa premissa, desde o clássico Boys Over Flowers (2009), até o famoso The Heirs (2013). Se pegarmos o clássico dos clássicos, Boys Over Flowers ele é a definição destes estereótipos que são, ou eram, a marca registrada dos k-dramas até poucos anos atrás.
Finalmente a representatividade feminina
Em contrapartida, com a globalização e distribuição das séries coreanas no mercado internacional, notamos a inserção de elementos e mudanças nos padrões básicos nos enredos, mas também nas personagens femininas e fica nítida a evolução das protagonistas nos k-dramas. Hoje elas também são CEO’s arrogantes e poderosas, mulheres inspiradoras e que refletem a sociedade, a definição exata de representatividade feminina nas artes.
Enfim, um belo exemplo que posso citar, é a protagonista Cha Eun-sang (The Heirs) que consegue ser o oposto da Gang Seo-hae (O Mito de Sísifo), claro que se tratam de gêneros de dramas opostos. Mas enquanto a Eun-sang está esperando para ser salva por seu príncipe, a Seo-hae já sacou a sua arma e salvou seu par romântico.
“Eu quero ser uma princesa montada em um cavalo para alguém. Porque eu preciso esperar um príncipe? Eu quero ser uma princesa e surpreender alguém.”
Han Ye-seul (atriz)
A questão é de como conseguimos em tão pouco tempo sermos representadas de tantas formas. A mulher ousada que não tem vergonha de dizer o que pensa, ou a mãe solteira que começa a namorar um professor mais jovem, até mesmo a independente e ousada que não deseja se casar. São tantas faces, tantas definições e é isso que marca ainda mais essa guinada nos estereótipos tidos antes como “perfeitos”.
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