The Good Bad Mother já é um favorito a melhor drama do ano? || Resenha

Olá dorameiras!

Hoje eu trouxe um dorama que ninguém sabe ao certo se é melodrama, comédia ou investigação porque tem um pouco de tudo e conquistou o coração da dramaland.

The Good Bad Mother é um k-drama da emissora JTBC, com 14 episódios. Dirigido por Sim Na-Yeon (Beyond Evil), escrito por Bae Se-Young,  tem Ra Mi-Ran (Reply88), Lee Do-Hyun (The Glory) e Ahn Eun-Jin (Hospital Playlist) como os protagonistas. No Brasil, o dorama está em andamento na Netflix.

Sinopse (AsianWiki):

Young-Soon (Ra Mi-Ran) é mãe solteira e dirige uma fazenda de porcos. Ela criou seu filho Kang-Ho sozinha. Young-Soon se transformou em uma mãe ruim e foi rígida com Kang-Ho, porque ela não queria que ele se tornasse como ela.

Agora, Kang-Ho (Lee Do-Hyun) está crescido. Ele trabalha como promotor e tem uma personalidade fria. Enquanto perseguia sua carreira e mantinha seu próprio segredo, ele rejeitou sua mãe, Young-Soon. Um dia, Kang-Ho sofre um acidente inesperado e fica como uma criança. Ele volta para sua cidade natal e começa uma nova vida com sua mãe má, Young-Soon. Enquanto isso, Mi-Joo (Ahn Eun-Jin) é amiga de infância de Kang-Ho. Ela tem um coração caloroso e é o tipo de pessoa que não consegue fugir da injustiça. Ela reencontra Kang-Ho, que se tornou como uma criança, e sua vida muda.

Como realmente é

Este é um dorama para questionar tudo o que a gente pensa e sente sobre família, principalmente a maternidade. The Good Bad Mother começa com o relacionamento simples e amoroso de um casal (Jin Young-Soon e Choi Kae-Sik) que vive numa cidade rural da Coreia no ano em que as Olimpíadas seriam realizadas no país.

Envolvidos no impasse com empresários e políticos locais, que pressionam para que eles vendam a fazenda com a intenção de construir prédios para o evento esportivo, o casal tem a vida virada de cabeça pra baixo quando um incêndio destrói a fazenda e Choi Kae-Sik morre, deixando Jin Young-Soon sozinha e grávida.

Ela se vê obrigada a juntar tudo o que restou e comprar um terreno em outra cidade para recomeçar. Sozinha, instala a sua fazenda de criação de porcos e, já na chegada, atrai a atenção da vila. E está formado assim o núcleo cômico e familiar da série.

A mudança da personagem

A partir do nascimento da criança, somos apresentados a uma Young-Soon dura, amargurada e violenta com o filho, Choi Kang-Ho. Para evitar que o menino tenha o mesmo destino dos pais, ela aposta numa criação rígida, com uma rotina cheia de violência e abusos psicológicos, o que faz com que o espectador crie antipatia da personagem, mesmo sabendo o que ela pretende com tudo aquilo.

É impossível passar pano para uma mãe que proíbe o filho de comer para que ele não sinta sono e atrapalhe os estudos. E é assim que Kang-Ho cresce, no meio da frieza da mãe, as humilhações na escola e a dúvida sobre as circunstâncias da morte do pai. Young-Soon, vive alheia ao sofrimento do filho, causando ainda mais dificuldades e o Kang-Ho, agora crescido, se torna um homem calado e misterioso.

Os únicos momentos de felicidade dele são com Mi-Joo, a amiga de infância que se torna a sua namorada.

As várias abordagens do roteiro

The Good Bad Mother não trata apenas da relação mãe e filho. Quando Kang-Ho se torna promotor, ele parte em busca da verdade a respeito de seu pai, e a partir daí, o arco de mistério começa se desenvolver. Ele termina com a namorada, rompe com a mãe e segue seu plano de vingança.

Mas Kang-Ho sofre um acidente e volta a precisar dos cuidados da mãe, que aos poucos vai descobrindo as sequelas que causou na vida do filho. E assim, vamos entendendo junto com ela a transformação pela qual o menino foi obrigado a passar, os caminhos que trilhou e passado e presente vão se juntando numa teia de descobertas.

Paralelo ao relacionamento mãe e filho, The Good Bad Mother traz ainda um arco importante na vida de Kang-Ho, que é também o relacionamento com Mi-Joo e os vizinhos na vila. São vários pontos da vida do protagonista que são tratados de forma a criar uma expectativa em quem está acompanhando o drama.

A minha opinião

Sim!!! The Good Bad Mother já é, sem dúvida, um dos melhores dramas do ano. Com um roteiro ambicioso, que poderia facilmente deixar pontas soltas, este k-drama trouxe um fechamento com respostas e muita emoção. E o elenco é um trunfo. As atuações de Ra Mi-Ran e Lee Do-Hyun são de arrepiar (alô Baeksang Arts Awards!!).

A maior dificuldade que eu tive ao assistir ao drama foi a de entender as atitudes de Young-Soon. Como mãe, nada do que ela fazia com o Kang-Ho era compreensível para mim. Doía profundamente. Sim, ela era mãe de primeira viagem e o criou sozinha. Mas ela era a mãe dele, a única pessoa que ele tinha. Aquilo mexeu comigo de um jeito que nem consigo explicar.

A partir da segunda fase, quando ele passa a viver novamente com ela e as coisas foram se esclarecendo, ainda assim, a impulsividade dela e as reações agressivas continuavam a me assustar. Demorei a ter empatia por ela.

Vale a pena assistir?

Mi-Joo foi a surpresa boa do drama para mim. A personalidade carismática, sonhadora e leal da personagem contrastava com tudo o que Kang-Ho vivia e acredito que foi isso que deu forças a ele durante todo o tempo. O alívio cômico veio com os vizinhos intrometidos da vila, em especial o amigo de Mi-Joo e os filhos dela. As cenas eram realmente gostosas de assistir.

Enfim, The Good Bad Mother tem um roteiro que mexe com a gente de corpo e alma. Ao longo dos acontecimentos, a gente sente raiva, a gente torce e sorri. Na reta final, a emoção vai falando mais alto e acredito que o fechamento desta trama deixa todo mundo com a sensação de dever cumprido.

Vale muito a pena assistir. É um daqueles doramas bonitos, com aprendizado, emoção e um elenco de primeira.

The Good Bad Mother já foi concluído na Coreia, mas está em andamento na Netflix Brasil.

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Eu sou Ana Paula Ribeiro e escrevo sobre doramas para o Hospício Nerd. O meu perfil no Twitter é o ninapaularr. Segue lá!