Oppenheimer – Mais uma vez Nolan sendo Nolan || Resenha
Qual é o limite da genialidade?
Olá nobres cientistas de plantão! Oppenheimer acabou de estrear e já divide opiniões entre as primeiras impressões mundo afora. O mais novo filme do brilhante Christofer Nolan, promete trazer a história do cientista tido como o pai da bomba atômica e inovar tanto no set como nos efeitos. O longa conta também com nomes gigantes como Cillian Murphy, Emily Blunt, Matt Damon, Robert Downey Jr., Florence Pugh, dentre vários outros.
Mas antes de continuar, quero lembrar que a resenha a seguir NÃO CONTÉM SPOILERS e representa apenas a MINHA OPINIÃO. Agora que estão todos avisados, vamos lá!
Trama
Como uma boa obra de Nolan, temos aqui um filme que não transcorre de forma linear. Dessa forma, temos uma história contada por partes, assim como a película também pode ser dividida em três atos. Além disso, no decorrer dos acontecimentos, percebemos alguns aspectos da vida de Oppenheimer, onde algumas decisões e pequenos aprendizados e conhecimentos adquiridos podem significar muito lá na frente, onde ele é posto a lançar mão desses recursos.
Com seu notório destaque, Oppenheimer é convidado, a contragosto de alguns, a integrar o um projeto secreto para o desenvolvimento de uma bomba atômica, que poderia dar um fim à II Guerra Mundial que estava em curso no momento. O interessante neste momento é observar como ele se comporta quando se dá conta do poder destrutivo do artefato que estão produzindo. Os amantes da ciência podem ficar felizes com as representações de tantas personalidades importantes, principalmente do ramo da física!
Aspectos Técnicos
Em termos técnicos podemos citar que há uma trajetória dividida em três atos. Em um primeiro ato, temos um protagonista em um turbilhão de informações novas em sua vida. Isso pode ser captado de forma que as cenas possuem uma curta duração, com informações rápidas, denotando uma certa ansiedade do personagem, que está em um momento de grandes descobertas. Cabe ressaltar que essas cenas nos deixam bastante confusos.
Já em um segundo ato temos já a equipe trabalhando na pesquisa e construção da bomba, propriamente dito, que é dirigido bem ao jeito Nolan, bem explicativo. A narrativa neste ponto está mais contemplativa, mas sempre existindo dicas de que esse parece um filme biográfico, mas não é.
No terceiro e último ato temos a conclusão de um julgamento, acerca de acontecimentos revelados no filme, que começa a ser mostrado no primeiro ato, mas que vai tomando sua relevância no transcorrer do filme, de forma não-linear. Isso deixa o andamento da obra, que é bastante densa, muito lenta e até mesmo cansativa.
Além de roteiro, podemos destacar que a produção optou por recriar a grande explosão da bomba como efeito prático e não CGI como todos esperavam. Além disso, o filme foi todo rodado em película IMAX e é o primeiro a rodar um filme IMAX com preto e branco.
A edição do longa está dando aquele toque especial, trazendo veracidade aos efeitos, bem como trazendo tensão onde tem que haver e nos fazendo levantar das cadeiras quando tudo vai pelos ares.
Considerações
Mesmo sendo um filme que foge um pouco aos moldes de Nolan, podemos perceber sua presença em alguns aspectos. E apesar de ser um filme que tenha me divertido muito, considero que seja um filme cansativo e pode ser um ponto negativo para muitos espectadores.
De qualquer forma, Oppenheimer ainda está no cinema, então vocês podem ainda tirar suas próprias conclusões. Corre lá e volta aqui para contar pra gente o que acharam!
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