{Resenha} Love, Victor.
Fofura em excesso e sem spoiler!
Victor (Michael Cimino) é um novo estudante da Creekwood que enfrenta seus próprios desafios em sua jornada de auto-descobrimento, enquanto tenta lidar com sua orientação sexual. Para ajudá-lo, ele resolve pedir ajuda a Simon (Nick Robinson) quando as coisas parecem difíceis demais.
Baseada no livro homônimo “Com Amor, Simon” de Becky Albertalli, mais uma história LGBT+ ganhou vida pelo serviço de Streaming Hulu, no dia 17 de Junho de 2020. O enredo se passa no mesmo universo do filme, inclusive na mesma escola, Creekwood High, mas sem necessariamente ter uma obrigação de se apegar ao Simon, já que ele e todos os seus amigos já se formaram e não estão mais no ensino médio, porém serve de inspiração para o jovem Victor que agora é o novato do colégio e ainda tenta descobrir seu lugar no mundo. Irmão mais velho da família Salazar, ele acaba de se mudar para a pacata cidade de Atlanta em Geórgia, ainda sem saber como se adaptar e se vendo cheio de dúvidas, as mesmas de qualquer garoto de sua idade, o que naturaliza mais ainda seu enredo e os primeiros episódios focam justamente nessa parte: Do que ele gosta? Quem ele é? Será que a sua família o aceitaria sendo diferente? Todas as respostas são trazidas à medida que ele leva o telespectador em eventos que ocorrem em sua vida e através de diálogos entre ele e o Simon através de e-mails.
Hulu / Divulgação
Um dos melhores pontos da série, é que em nenhum momento quando você for acompanhar os episódios, vai se sentir assistindo mais do mesmo que já havia sido feito antes, muito pelo contrário, mesmo com a presença do charme e simpatia que já vinha sendo abordado nos personagens do filme original, ela possui um contexto novo e original, trazendo uma abordagem diferente pro Victor, não só por mostrar pontos diversificados pelos personagens que convivem com ele, incluindo claro, a sua família de origem latina e religiosa, mas também pelos seus amigos do colégio que também trazem pontos de vista variados sobre suas vidas, expandindo mais ainda o que o fandom chama de “Simonverse”, porém mantendo o que querem trazer de inovador pra série. Um detalhe que precisa ser lembrado, é o fato de finalmente terem escalado um elenco onde os atores adolescentes realmente se parecem com adolescentes do ensino médio, algo que nem todos se importam mas deveriam, já que boa parte das séries atuais não andam tomando esse tipo de cuidado e as pessoas simplesmente relevam.
Hulu / Divulgação
Outro fator a ser ressaltado é a necessidade da existência de mais séries clichês iguais a de Victor, com mais representatividade nas telas e com o mesmo nível de alcance, mas sem se perder na abordagem do tema principal em criar uma bela história de amor adolescente da maneira mais natural possível, algo que fica super evidente devido à falta de mais histórias semelhantes e o peso que a série carrega em meio a essa ausência, mas que ela consegue manter mesmo com uma única temporada de apenas 10 episódios de 30 minutos cada.
Hulu / Divulgação
Com uma trilha sonora memorável, produção assinada pelo ator e produtor Nick Robinson (Simon) e um enredo com um potencial incrível, Love, Victor apresenta um novo universo a ser explorado, onde o céu é o limite e a comunidade LGBT+ ganha uma nova adaptação sobre autodescoberta, aceitação e aprendizagem, fora que uma possível segunda temporada já está praticamente confirmada pelos seus criadores e a primeira ficou no top 1 durante sua primeira semana de estreia, o que já motiva mais ainda os roteiristas a continuar do cliffhanger (sem spoilers do último episódio, mas ele deixa um gancho enorme pra continuação) que não será comentado aqui, ou seja, deem muito amorzinho e muitas visualizações a Hulu, indo conferir a série na íntegra.
P.S.: “Todo mundo merece uma grande história de amor.” Simon Spier
https://www.youtube.com/watch?v=uh-IaEaEdE0