O Crime é Meu – Pode ficar com ele! || Resenha

Bonjour les amis. Como estão??

Hoje vou falar de um filme diferente chamado MON CRIME, um filme francês dirigido por François Orzon. Lembrando que esta é a minha opinião sobre o filme e não haverá spoilers.

O filme começa com a cena que vai conduzir toda a história, que é Madeleine Verdier (Nadia Tereszkiewicz), uma atriz em decadência saindo da casa de uma pessoa importante, após ouvir gritos. Ela vai em direção ao seu apartamento, que divide com Pauline Mauléon (Rebecca Marder), uma advogada ruim, e conta tudo o que aconteceu na casa em que estava. Logo depois, o inspetor Brun (Régis Laspalés) chega para informar que o figurão Montferrand foi assassinado e que ela é a principal suspeita do crime.

O Crime é Meu || Hospício Nerd
Copyright Carole Bethuel – 2023

Diante disso, o filme mostra, de uma forma divertida, como as coisas eram em 1935 e como algumas delas ainda existem em nossa sociedade nos dias de hoje. O filme retrata Madeleine sendo acusada, enfrentando o tribunal e lutando pelos direitos das mulheres, como o direito ao voto.

O filme possui um humor pastelão, mas com um forte apelo à igualdade de gênero, inclusive utilizando uma frase que ainda é atual nos dias de hoje: “Por que as mulheres ganham menos que os homens fazendo as mesmas funções?!”

Uma coisa que achei muito interessante foi o estilo de filmagem. Não sou especialista em câmeras, mas parece que foram utilizadas câmeras antigas para dar ao filme a impressão de ser antigo, não apenas por causa do figurino, da fotografia e dos cenários. Se isso foi feito, foi uma sacada muito interessante, que deu mais autenticidade ao filme. Se não foi feito, os filtros utilizados fizeram um trabalho belíssimo.

O Crime é Meu || Hospício Nerd
Copyright Carole Bethuel – 2023

Falando em figurinos, tudo estava impecável. A trilha sonora era adequada e combinava perfeitamente com os momentos mais engraçados. Os carros e cenários utilizados criaram o ambiente perfeito e o filme realmente teve a atmosfera dos anos 30.

Quanto aos atores e atrizes, havia apenas um rosto que me era familiar, o de Isabelle Huppert, que também estava em um filme sobre o qual fiz uma resenha recentemente, chamado Sra. Harris Vai à Paris (procurem na ferramenta de busca do site).

As atuações são exageradas e às vezes quebram a quarta parede, mas isso foi feito de propósito e ficou muito bom.

MON CRIME é um filme que entrega o que se propõe, um humor leve tratando de um assunto sério sem ser cansativo. Recomendo como um bom programa para a família.

Quero frisar mais uma vez que esta é apenas a minha opinião, galera.

Bom… É isso…

Até a próxima. Abraços.

Juggernaut.

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