{Resenha} Silenciadas – O clero e as bruxas de 1600 vistos de perto!

INHAIMMM TUXOS E TUXAS, VAMOS PARA A SANTA INQUISIÇÃO ESPANHOLA!

Na semana da mulher, continuamos nos jogando com as produções com teor feminino, e agora vamos para 1609 com a estreia de 11 de março na nossa Mammy, o filme Silenciadas (Akelarre) traz a lenda e a caça às bruxas do País Basco comandada pelo clero. Um problema que já foi discutido pelos historiadores se tornou material de cunho assustador na intenção de mostrar o que poderia ser uma verdade da época. O filme teve uma estreia excelente quando ganhou cinco prêmios Goya das nove indicações ao 35º Prêmio Goya, ou seja, a Netflix não brinca em serviço e prova que as produções estrangeiras estão com a bola toda, a produção espanhola recebe nossos parabéns! Já deixando bem claro, que nós do HN não damos spoiler e sempre seremos  imparciais  para sua opinião, porque aqui meu bem é você quem decide se VALE ou NÃO VALE a pena ver o que estamos resenhando tá! Agora que você já está ciente, depois de assistir esse filme você pode ou não reavaliar as fogueiras acesas principalmente quando notar que talvez a acusação possa ter um cunho de verdade!

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Em 1609 no no País Basco, uma corte clérica que em nome de Deus está passando pelos países da Europa comandada pelo juiz Rostegui (Alex Brendemühl), visita os vilarejos caçando as bruxas locais, interrogando-as, fazendo-as confessar e as executando nas fogueiras. Numa pequena aldeia próxima ao mar, enquanto os homens da região estão pescando, Ana (Amaia Aberasturi) se junta às irmãs Maria (Yune Nogueiras) e Katalin (Garazi Urkola) e mais algumas meninas da aldeia, Olaia e Maider para dançar e entoar cânticos na floresta. O juiz, recém chegado na cidade fica sabendo através de denúncias de moradores que relataram alguns fatos que andam acontecendo na comunidade e que eram considerados com sinais da presença de um coven de bruxas, como ele é o encarregado de purificar a região em nome do rei e da igreja, ordena a prisão das mulheres sob a acusação de bruxaria. Na tentativa de fazer o que for necessário para arrancar a confissão de cada uma delas e descobrir tudo sobre a festa Sabbath, uma cerimônia de feitiçaria realizada na lua cheia onde o Diabo inicia seus servos e se acasala com eles, o juiz pode ir longe demais!

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A direção de Pablo Agüero garante o roteiro escrito por ele mesmo ao lado de Katell Guillou com produção de Fred Prémel, Iker Ganuza e Koldo Zuazua ao lado da Netflix fez com que os trabalhos de cinematografia de Javier Agirre e edição de Fonte Teresa brilhassem e garantissem um prêmio no 35º Prêmio Goya. A outra parte vai para o conjunto que conduziu o elenco formado por Amaia Aberasturi, Alex Brendemühl, Daniel Fanego, Garazi Urkola, Yune Nogueiras, Jone Laspiur, Garazi Urkola, Lorea Ibarra, Elena Uriz, Daniel Chamorro, Irati Saez de Urabain e Iñigo de La Iglesia, que com afinco encarnaram as personalidades fortes e peculiares de uma época onde as mulheres já não tinham palavra e ainda eram executadas e acusadas de formas bárbaras, mesmo que realmente fossem bruxas. O trabalho de cenografia e figurino também ficaram impecáveis, dá gosto de assistir esse tipo de produção para saber o quanto esses profissionais da sétima arte tem se dedicado a trazer um trabalho de boa qualidade para o público.

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Em vários termos o filme retrata a fragilidade da mulher e a insanidade perante ao ato de submissão a que eram acometidas na época, mesmo que as mesmas tivessem comportamentos agressivos e arredios. A história retrata que no século XV a caça às bruxas na Espanha e País Basco estava bem fortalecida com vários representantes do Rei e da igreja viajando pelas regiões em suas caravanas, indo em cidades e vilarejos e abusando bastante de sua autoridade explorando a população e exigindo confiscos e regalias. Nesse clima de tensão e medo, Silenciadas mostra como eram tratadas as prisioneiras acusadas de se envolver com magia e feitiçaria conforme o julgamento dos juízes e padres que as interrogavam, mas também não deixa a desejar mostrando claramente o comportamento de um coven de garotas que pelo visto de santinhas e inocentes só tem mesmo seus rostinhos bonitos, o que nos leva a pensar que mesmo a face da inocência pode estar envolvida com algo maligno!

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Se pensarmos como seria isso hoje em dia, os inquisidores seriam condenados a prisão perpétua no Brasil e quiçá pena de morte nos Estados Unidos, mas no teor social do contexto épico, o babado é outro, a história deixa claro que mesmo usando métodos bárbaros, os inquisidores também passavam por situações bem atípicas. O filme tem foi inspirado em uma história real do século XV do juiz da região de Bordeaux, na França, Pierre de Lancre, cujas ações culminaram em uma onda maciça de caça às bruxas em Labourd na época, Abordar a questão da opressão de gênero é fazer com que o espectador comece a pensar se o massacre às bruxas possa ter sido somente pela intolerância religiosa ou mesmo misogenia. Agora vai lá e confere, vamos voltar no tempo e observar com calma os dois lados da história, bruxas e clero! Confere lá na nossa Mammy e depois vem aqui me contar o que você achou meu amor!  ADOROOOOO #CHOCOBJS

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