Ursinho Pooh: Sangue e Mel – O pior filme do ano! || Resenha

Quer mel?

Esse filme foi aguardado por muitos fãs do gênero terror e pelo sentimento nostálgico de ver aquele fofo do Ursinho Pooh ganhando uma forma mais macabra. De certa forma, as crianças que assistiram à animação de Christopher Robin e sua turma compraram a ideia, mas sinto informar que irão se decepcionar, pois o diretor Rhys Frake-Waterfield não soube transpor o conceito para as telonas.

Ursinho Pooh: Sangue e Mel || Hospício Nerd
Copyright Jagged Edge Productions

Sinopse:

Em Ursinho Pooh: Sangue e Mel, uma macabra releitura de terror baseada na famosa história do Ursinho Pooh, Leitão (Chris Cordell) e Pooh (Craig David Dowsett) são abandonados por Christopher Robin (Nikolai Leon), que, já adulto, decide partir para a faculdade. Furiosos, famintos e magoados, os dois se tornam essencialmente selvagens, e não encontram outra escolha a não ser voltar às suas raízes animais. Perdendo totalmente a personalidade amigável e mansa, eles agora são como um urso e um porco altamente ferozes que querem encontrar presas e matar qualquer um que se atreva a entrar na Floresta dos Sonhos Azuis

Ursinho Pooh: Sangue e Mel || Hospício Nerd
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Logo no início, a trama começa contextualizando a história de Pooh, Leitão, Bisonho e Abel, os amigos de Christopher Robin que cresceram brincando com ele no Bosque dos Cem Acres. Meio humanos e meio animais, eles nutriam um amor enorme pelo menino. Porém, tudo muda quando o jovem vai para a faculdade em busca de seus próprios caminhos.

Isso gera uma revolta muito grande, principalmente em Leitão e Pooh, que se veem sem alternativa a não ser caçar Bisonho para se alimentarem, dando o pontapé inicial para se tornarem serial killers e matarem todos que cruzam em seu caminho.

A premissa pode ser interessante, mas os roteiristas criam um outro rumo para o longa ao introduzirem cinco amigas que alugam uma cabana no bosque sem uma explicação plausível para isso. Logo, inúmeras mortes brutais começam a acontecer. O filme tenta ser um Slasher dos anos 80, como Sexta-feira 13 ou A Hora do Pesadelo, porém, sem sucesso. Não possui um roteiro que prenda a atenção do público e não apresenta elementos assustadores, que deveriam ser o objetivo do filme.

O que incomoda não são as mortes em si, nem o grotesco em cena, mas sim o fato de que não há um clímax, tensão ou algo que faça você querer continuar assistindo. Dá a impressão de ser um filme barato, pois é mal-feito, principalmente a caracterização de Pooh e Leitão, que parecem máscaras compradas na 25 de março.

A atuação do elenco também não surpreende e é irrelevante para todo o filme. Amber Doig-Throne (Alice), Maria Taylor (Maria) e Natasha Rose Mills (Jessica) entregam aos personagens o que é pedido pelo roteiro, mas não acrescentam nada além disso. Já Craig David Dowsett (Pooh) e Chris Cordell (Leitão) têm apenas expressão corporal e usam barulhos para se comunicarem, realizando apenas o básico: correr, bater e matar.

Nikolai Leon, intérprete de Robin, a principal motivação dos assassinos, aparece pouco em cena, mas quando o faz, agrada os telespectadores pela sua interpretação.

O que se pode dizer sobre “Ursinho Pooh: Sangue e Mel” é que seu diretor teve uma ideia brilhante, mas não soube executá-la, transformando o filme em uma história sem pé nem cabeça e desinteressante para o público.

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