Contra o Mundo – Porradaaaaa!! || Resenha
Eita, quanta pancadaria!
É importante ver os dois lados da história antes de tirar qualquer conclusão, mas este filme em específico me deixou um pouco entediado. Ele parece ser uma cópia tendenciosa de “Besouro” ou uma caçada repleta de socos como “Ong Bak”, com um toque de “Jogos Vorazes” e muita ação violenta no estilo de “John Wick”.
O filme segue bem o enredo da jornada do herói: trauma, fracasso, dores, desafios, um amor, uma frustração e muita sorte, hehehe.
Mas o que fica na memória depois de assistir? Ainda fico em dúvida. Durante a exibição, tentei interpretar qual estilo de luta o personagem executava, e, por se tratar de um jovem adulto traumatizado com um aparente surto esquizofrênico, isso levou minha imaginação a criar altas expectativas que não foram atendidas. Filmes com personagens “surtados” me decepcionam tanto quanto filmes de ficção científica que abordam o multiverso: por um lado, é bonito; por outro, é uma viagem na física metaquântica muito desanimadora. Fico pensando nas várias possibilidades de continuidade, já que o personagem estava meio “tileleco” das ideias.
O filme, sim, tem várias cenas de luta, o que achei bem bacana, com muitos cortes, closes, ângulos e assim por diante. O áudio e os efeitos sonoros dos golpes deram muito realismo ao filme, mas, infelizmente, ele ficou muito nisso, sem se aprofundar na dramaturgia do enredo. Lembrou-me bastante “Kill Bill”, rsrs. Nem sei quem venceria se eles se enfrentassem no ringue. Numa luta entre os dois, quem você acha que venceria? Deixe nos comentários…
Eu aplaudo o fato de que, de maneira muito sutil, eles incluíram a vinheta mais ouvida do mundo, e isso merece reconhecimento. Adoro filmes de luta, mas esse deixou a desejar em alguns aspectos. Vale lembrar que não é fácil fazer um filme hoje em dia, mas também é necessário ouvir toda a equipe para construir uma boa obra, e isso depende de todos. Nada a reclamar das locações, que foram muito bem feitas, e da maquiagem e figurinos, que estavam condizentes com a história.
E a pergunta final é: vale a pena pagar pela bilheteria? Eu não iria, apenas indicaria como um método pedagógico de reflexão. Fora isso, não.
Resenha By Henrique Pheniatto