{Resenha} A mulher na janela – Qual a fronteira entre a razão e a loucura?
INHAIMMM TUXOS E TUXAS, JÁ TOMARAM SEUS REMÉDIOS HOJE? A ANNA FOX JÁ!
Nossa Mammy está cada vez mais abusada, desta vez sua produção original traz grandes nomes e ainda vai te prender do começo ao fim, estreou no dia 14 de maio no cardápio, A mulher na janela. A ideia foi de primeira ao explorar o mundo do paciente que tem agorafobia, o transtorno de ansiedade que acaba se desenvolvendo após um ou mais ataques de pânico, gerando um medo que faz com que as pessoas evitem lugares e situações que causem pânico, aprisionamento, impotência ou constrangimento, e as leva a passarem por um tratamento à base de psicoterapia e medicamentos. Um assunto complexo que com certeza vai chamar a atenção do público que é fã do gênero de thriller psicológico com uma boa dose de suspense. Já deixando bem claro, que nós do HN não damos spoiler e sempre seremos imparciais em relação a sua opinião, porque aqui meu bem é você quem vai decidir se VALE ou NÃO VALE a pena ver o que estamos resenhando tá! Agora que você já está ciente, está na hora de acompanhar Anna Fox e sua incrível dificuldade de sair de casa e simplesmente atravessar a rua! Vamos entender um pouquinho do que essa fobia pode causar na mente e no comportamento de alguém!
Anna Fox (AmyAdams) é uma psicóloga que se isolou em uma casa onde morou com sua família, que atualmente se encontra separada dela. Sob tratamento por ser agorafóbica, ela vive num mundo entre a alucinação e o seu problema psicológico por misturar bebidas alcóolicas com seus remédios para o tratamento. Com medo de sair de casa, Anna passa os dias bebendo vinho, assistindo filmes antigos, conversando com seu marido e sua filha por chamada de vídeo e a única pessoa que ela recebe é seu psicólogo. Tudo ia nesse ritmo, até a hora que Alister Russell (Gary Oldman) muda-se para a casa da frente com sua esposa Jane (Jennifer Jason Leigh) e seu filho Ethan (Fred Hechinger) e toda a rotina da neurose de Anna se torna uma bagunça. Acostumada a observar os vizinhos, ela acaba ficando obcecada pela vida dos novos moradores do outro lado da rua e de tanto observar pela janela, ela acaba vendo, ou ao menos acreditando que viu um crime na casa da frente. E entre acordar, apagar e estar consciente, ela vai lutar para conseguir provar que não estava alucinando e que realmente foi testemunha de um assassinato.
A direção de Joe Wright realmente fez com que o roteiro de Tracy Letts ganhasse vida recebendo a produção de Scott Rudin, Eli Bush e Anthony Katagas ao lado de Netflix e 20th Century Studios que tiveram a intenção de fazer do filme um clássico do suspense moderno, mesmo não conseguindo esse resultado. O que salva muito da produção foi a esperteza em selecionar um elenco de primeira formado por Amy Adams, Gary Oldman, Anthony Mackie, Fred Hechinger, Wyatt Russell, Brian Tyree Henry, Jennifer Jason Leigh, Jeanine Serralles, Mariah Bozeman e Julianne Moore que simplesmente deram um show de interpretação. O filme que foi baseado na obra homônima The Woman in the Window por A. J. Finn e recebeu um bom tratamento com a cinematografia de Bruno Delbonnel se encaixando no trabalho de edição de Valerio Bonelli, que eu acredito ser o responsável pelas sequências das cenas que mostram os momentos da variação psíquica da protagonista. Mas não deixaria de mencionar que a trilha sonora com a música de Danny Elfman faz com que sejamos levados para o mundo confuso da psicóloga e seus traumas.
Tem muita confusão rolando nesse filme meu amor, além do espectro vivido pela protagonista, temos também tudo que envolve seu medo desesperador, graças a atuação fantástica de Amy Adams, a psicóloga Anna Fox consegue nos deixar tão perturbados em algumas cenas do filme quanto ela. Temos um personagem que também desvia nossa atenção e causa toda a bagunça que se desenrola nessa história, trata-se de Jane (Juliane Moore), uma mulher que aparece do nada se apresentando como a esposa do vizinho da frente e passa um bom tempo conversando com a psicóloga em sua casa. Outro ponto positivo é o conjunto de reviravoltas que acontecem no filme, principalmente quando vemos os vários momentos vividos pela mulher isolada em uma casa, com um medo incontrolável de sair para fora dela, alternando entre uma lucidez abalada e uma embriaguez viciante. Mesmo assim ela se empenha em tentar solucionar o crime que ela foi testemunha, ou acha que foi devido ao seu hábito de ficar “vigiando” seus vizinhos. E claro, não ia deixar de citar o inquilino da psicóloga David, vivido por Wyatt Russell, que nos deixa bem confusos quanto a sua índole, devido aos seus comportamentos bem suspeitos.
O filme foi lançado em exibições testes em 2019, mas as reações negativas fizeram com que ele passasse por refilmagens para ser lançado em 2020. Mas com a pandemia, a Disney, dona da produtora inicial, desistiu do projeto e acabou vendendo seus direitos para a Netflix. Mesmo com um tema intenso, A mulher na janela poderia ter um enredo mais conciso e explicativo, pena que todas essas alterações feitas posteriormente acabaram por corromper a visão original do diretor Joe Wright, o que nos leva a pensar que talvez sua primeira versão tenha sido melhor do que a apresentada. As produções tem explorado bastante os dramas psicológicos com ou sem suspense, mesmo com os desagrados, o filme tem uma ideia base muito boa e a garantia de gradar uma grande parte dos telespectadores por causa das atuações fantásticas. Agora vai lá assistir e e aproveita para tomar todos os seus remédios antes de se jogar, assim você vai estar com os pés no chão e não vai entrar na viagem da agorafóbica Anna! Confere na nossa Mammy e depois vem aqui me contar o que você achou meu amor! ADOROOOOO #CHOCOBJS
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