Olá, dorameiras e dorameiros de plantão! Vamos falar de coisa boa hoje?!

A resenha que escolhi trazer desta vez é do drama que ganhou holofotes pelo mundo todo, se tornando mais uma das produções asiáticas que furaram a bolha de quem não está tão acostumado a acompanhar tais conteúdos frequentemente.

Pachinko é uma produção original da Apple TV+, com 8 episódios. A trama é baseada no livro homônimo de Min Jin Lee que ganhou enorme popularidade e figurou em várias listas de best-sellers, se tornando também o queridinho entre grandes personalidades, como Barack Obama e Oprah Winfrey.

A adaptação para a TV foi criada por Soo Hugh com direção de Kogonada e Justin Chon. O elenco é recheado de nomes de peso e bem conhecidos pela dramaland, como a ganhadora do Oscar, Youn Yuh-jung (Minari), Kim Min-ha (A Ligação), Lee Min-ho (Boys Over Flowers), Park Hye-Jin (Round 6), Kim Young-ok (Mouse), entre diversos outros.

 

Sinopse (Apple TV+)

Baseada no best-seller do New York Times, esta saga arrebatadora narra as esperanças e sonhos de uma família de imigrantes coreanos ao longo de quatro gerações, ao deixar sua terra natal em uma busca indomável para sobreviver e prosperar.

Conflitos familiares e a difícil relação entre coreanos e japoneses

Pachinko é uma obra que, basicamente, conta a jornada da família de Sunja (Kim Min-ha) desde a sua infância, em que ela vivia em uma pensão junto com os pais, até a velhice, quando ela já estava vivendo há anos no Japão.

Nesse enredo, vemos a linha temporal se dividir entre a infância, vida adulta e terceira idade de Sunja, além de acompanhar a vida do seu neto, Solomon Baek, que tenta ganhar oportunidades melhores do que seus antepassados e ser respeitado em sua carreira profissional. E, aqui, temos um dos melhores pontos positivos da trama: mesmo ao narrar diferentes fatos, o roteiro faz uma transição adequada que nos faz entender em qual período a história está sem confundir o telespectador.

No entanto, mais do que um drama familiar que nos apresenta as diferentes perspectivas dos personagens envolvidos nessa relação, Pachinko traz um contexto histórico muito forte ao falar da época em que o Japão ocupava o território coreano. Desse modo, assim como as histórias de guerras que estamos mais acostumados a ouvir no lado ocidental, essa é uma obra que nos mostra de forma bem emocionante um dos conflitos mais significativos da história oriental.

Uma mulher forte em destaque

Outro ponto que Pachinko acerta em cheio é ao relatar a história de uma mulher que nunca desistiu de sua família e que lutou com todas as forças para criar seus filhos, mesmo após ser enganada pelo seu primeiro amor e estar presente em um contexto extremamente xenofóbico. A jornada da protagonista é emocionante em cada detalhe e tudo isso ganha ainda mais peso através das performances incríveis das atrizes que dão vida a Sunja, Kim Min-ha (em sua fase jovem) e Youn Yuh-jung (em sua fase mais velha).

A esnobada do Emmy que eu ainda não perdoei!

E por falar em performances incríveis, vale citar aqui a esnobada que o Emmy deu em Pachinko e que chocou muita gente. Após ser aclamada pela crítica e pelos telespectadores, é inacreditável que essa obra tenha sido totalmente esquecida. A equipe técnica e os atores mereciam demais um lugar de destaque na premiação. Mas, se eles não foram lembrados lá, no coração dos apreciadores de uma boa série, ela já ganhou todos os prêmios!

Conclusão

Definitivamente, Pachinko merece – e MUITO – ser enaltecida, seja por quem já se considera dorameiro(a) ou não. O cast de milhões, o roteiro, a fotografia, a direção e todos os outros detalhes são imperdíveis. E uma boa notícia é que a SEGUNDA TEMPORADA ESTÁ CONFIRMADA! Portanto, se você ainda não assistiu, corre para acompanhar essa obra de arte.

Se você já teve a oportunidade de assistir, me conta o que achou nos comentários!

 

CURIOSIDADE: Você sabe o que é Pachinko?

O nome da série e do livro por si só traz um peso histórico e um significado bem interessante. Pachinko nada mais é que um popular jogo japonês que pode ser jogado em casa de jogos (como os famosos cassinos). Na trama, o filho de Sunja ganha a vida com esse jogo que, durante aquela época, era considerado um tipo de trabalho indigno e que, geralmente, era o que os descendentes de coreanos poderiam fazer já que ainda não eram aceitos pela sociedade e sofriam preconceito para realizar trabalhos considerados “importantes”.

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